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domingo, 20 de julho de 2025

Vitaminas e Sais Minerais Essenciais à Saúde Humana no Contexto Brasileiro

 Vitaminas e Sais Minerais Essenciais à Saúde Humana no Contexto Brasileiro





Resumo

Este artigo visa apresentar uma análise abrangente sobre as principais vitaminas e minerais essenciais à saúde humana, com foco na população brasileira. Considera-se a composição do solo nacional, hábitos alimentares e dados epidemiológicos de carências nutricionais. O texto também aborda a importância da suplementação como ferramenta preventiva e corretiva para deficiências, finalizando com uma chamada à ação para acesso a suplementos confiáveis.


1. Introdução

Vitaminas e sais minerais são micronutrientes fundamentais ao funcionamento do organismo humano. Ao contrário dos macronutrientes (carboidratos, proteínas e lipídios), eles não fornecem energia diretamente, mas são indispensáveis na regulação de processos metabólicos, manutenção do sistema imunológico, crescimento, cognição e reparação celular.

Apesar da ampla biodiversidade e potencial agrícola, o Brasil sofre com deficiências nutricionais devido à pobreza do solo em determinados minerais e ao consumo alimentar desbalanceado. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde apontam carências comuns em ferro, zinco, iodo, selênio e vitamina D na população brasileira.


2. Principais Vitaminas Essenciais

2.1 Vitamina A (Retinol)

  • Função: Essencial à visão, à imunidade e à integridade das mucosas.

  • Fontes: Fígado, gema de ovo, cenoura, abóbora, vegetais de cor laranja e verde-escura.

  • Carência no Brasil: Rara em adultos, porém comum em crianças em situação de vulnerabilidade alimentar.

2.2 Complexo B (B1 a B12)

  • Funções gerais: Metabolismo energético, função neurológica, síntese de DNA, formação de hemácias.

  • Fontes: Carnes, ovos, cereais integrais, vegetais folhosos.

  • Destaque:

    • B9 (Ácido fólico) é fundamental na gestação para evitar defeitos do tubo neural.

    • B12 pode ser deficiente em vegetarianos estritos, exigindo suplementação.

2.3 Vitamina C (Ácido Ascórbico)

  • Função: Potente antioxidante, essencial à formação de colágeno, absorção de ferro e imunidade.

  • Fontes: Frutas cítricas, acerola, goiaba, morango.

  • Observação: Perde-se facilmente com o calor e armazenamento inadequado dos alimentos.

2.4 Vitamina D (Colecalciferol)

  • Função: Regulação do cálcio e fósforo, essencial para ossos e imunidade.

  • Fontes: Sintetizada pela pele via exposição solar; também encontrada em peixes gordurosos e cogumelos.

  • Deficiência no Brasil: Altamente prevalente, mesmo em regiões tropicais, devido à baixa exposição solar regular, uso de bloqueadores solares e estilo de vida indoor.

2.5 Vitamina E e K

  • Funções:

    • E: antioxidante e protetora de membranas celulares.

    • K: coagulação sanguínea e saúde óssea.

  • Fontes: Óleos vegetais, nozes, vegetais folhosos.


3. Principais Minerais Essenciais

3.1 Ferro

  • Função: Componente da hemoglobina; essencial para transporte de oxigênio.

  • Fontes: Carnes vermelhas, feijão, vegetais verde-escuros.

  • Deficiência: Causa anemia ferropriva; uma das deficiências mais prevalentes no Brasil.

  • Nota: A absorção é aumentada com vitamina C e reduzida por fitatos e cafeína.

3.2 Zinco

  • Função: Crescimento, imunidade, cicatrização, síntese proteica.

  • Fontes: Carnes, frutos do mar, sementes e oleaginosas.

  • Situação brasileira: Solo pobre em zinco, o que reduz teor nos alimentos de origem vegetal.

3.3 Cálcio

  • Função: Formação óssea, contração muscular, coagulação.

  • Fontes: Laticínios, vegetais verde-escuros, gergelim.

  • Deficiência: Risco de osteopenia e osteoporose, especialmente em idosos e mulheres na menopausa.

3.4 Magnésio

  • Função: Co-fator enzimático em mais de 300 reações; importante para sistema nervoso, muscular e cardiovascular.

  • Fontes: Legumes, vegetais folhosos, cereais integrais, oleaginosas.

  • Carência: Associada a estresse crônico, insônia, câimbras e hipertensão.

3.5 Selênio

  • Função: Antioxidante, auxilia a tireoide, protege contra doenças cardiovasculares e câncer.

  • Fontes: Castanha-do-pará (principal), frutos do mar.

  • Deficiência no Brasil: Solos brasileiros são notoriamente pobres em selênio, exceto em áreas específicas do Norte e Centro-Oeste.

3.6 Iodo

  • Função: Essencial à produção de hormônios da tireoide.

  • Fontes: Sal iodado, peixes de água salgada.

  • Prevenção: A adição de iodo no sal de cozinha é uma política pública para evitar bócio.


4. A escassez mineral do solo brasileiro

Estudos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Embrapa apontam que:

  • O solo brasileiro é pobre em selênio, zinco, iodo e molibdênio.

  • Essa deficiência impacta diretamente o valor nutricional de alimentos de origem vegetal e animal.

  • Técnicas de agricultura intensiva e monocultura também esgotam micronutrientes do solo, tornando necessário o uso de fertilizantes e, em muitos casos, a suplementação dietética.


5. Suplementação e Segurança

A suplementação deve ser:

  • Individualizada, com base em exames laboratoriais.

  • Preferencialmente prescrita por profissionais de saúde.

  • Segura dentro das doses diárias recomendadas (DDR).

Excesso de vitaminas e minerais também pode causar toxicidade, como hipercalcemia (vitamina D em excesso), hepatotoxicidade (vitamina A) ou intoxicação por ferro.


6. Considerações Finais

As vitaminas e os minerais são essenciais para a manutenção da saúde e prevenção de doenças. No contexto brasileiro, a baixa biodisponibilidade de certos micronutrientes nos alimentos justifica, em muitos casos, o uso racional da suplementação.

A atenção à composição do solo, aos hábitos alimentares regionais e à exposição solar é fundamental para compreender os riscos e necessidades da população brasileira.


Bibliografia

  1. Ministério da Saúde. Guia Alimentar para a População Brasileira, 2ª edição, 2014.

  2. Embrapa. A deficiência de micronutrientes no solo brasileiro. 2022.

  3. OMS – World Health Organization. Micronutrient deficiencies. Geneva, 2023.

  4. ILSI Brasil. Vitaminas e minerais: funções, fontes e recomendações. São Paulo, 2021.

  5. IBGE. Pesquisa de Orçamentos Familiares – POF 2018-2019: Análise do consumo alimentar pessoal no Brasil.

  6. BRASIL. Ministério da Saúde. Vigilância de Deficiências de Micronutrientes. 2023.

  7. Universidade de São Paulo (USP) – Faculdade de Saúde Pública. Artigos sobre nutrição e solos.

  8. ODS/ONU. Relatório sobre Insegurança Alimentar e Nutrição – América Latina, 2023.

  9. BRASIL. RDC Nº 243, de 26 de julho de 2018 – ANVISA (regulamentação dos suplementos alimentares).


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quinta-feira, 10 de abril de 2025

Benefícios e Contraindicações da Coenzima Q10 ou CoQ10.

A Coenzima Q10 (CoQ10), também conhecida como ubiquinona, é um composto lipossolúvel essencial para a produção de energia nas mitocôndrias, as "usinas de força" das células. Além de seu papel crucial no metabolismo energético, a CoQ10 atua como um potente antioxidante, protegendo as células contra os danos dos radicais livres.
Importância da Coenzima Q10


A CoQ10 desempenha um papel fundamental em diversas funções do organismo:
 * Produção de energia: A CoQ10 é um componente essencial da cadeia de transporte de elétrons nas mitocôndrias, onde a energia dos alimentos é convertida em ATP, a principal fonte de energia celular.
 * Ação antioxidante: A CoQ10 neutraliza os radicais livres, moléculas instáveis que podem danificar as células e contribuir para o envelhecimento e o desenvolvimento de doenças crônicas.
 * Saúde cardiovascular: A CoQ10 auxilia na função cardíaca, melhora o fluxo sanguíneo e protege contra a oxidação do colesterol LDL ("colesterol ruim"), um fator de risco para doenças cardíacas.
 * Função muscular: A CoQ10 é importante para a função muscular, incluindo o músculo cardíaco.
 * Saúde neurológica: A CoQ10 pode proteger contra o declínio cognitivo e doenças neurodegenerativas, como a doença de Parkinson e a doença de Alzheimer.
Coenzima Q10 e Estatinas
As estatinas, medicamentos utilizados para reduzir o colesterol, podem diminuir os níveis de CoQ10 no organismo. Essa redução pode levar a efeitos colaterais como dor muscular (miopatia), fadiga e fraqueza. A suplementação de CoQ10 pode ajudar a reduzir esses efeitos colaterais em alguns pacientes que utilizam estatinas.
Outros Medicamentos
Outros medicamentos, como betabloqueadores, antidepressivos tricíclicos e alguns medicamentos para diabetes, também podem reduzir os níveis de CoQ10.
Efeitos Colaterais e Interações Medicamentosas
A CoQ10 é geralmente bem tolerada, mas pode causar efeitos colaterais leves, como náuseas, diarreia, dor de estômago e perda de apetite. Em casos raros, podem ocorrer reações alérgicas. A CoQ10 pode interagir com alguns medicamentos, como varfarina (um anticoagulante), medicamentos para pressão arterial e medicamentos para diabetes. É importante informar o médico sobre todos os medicamentos e suplementos que você está tomando.
Metabolismo, Meia-Vida e Eliminação
A CoQ10 é absorvida no intestino delgado e transportada para o fígado, onde é convertida em sua forma ativa, o ubiquinol. A meia-vida da CoQ10 varia de 34 a 68 horas. A CoQ10 é eliminada principalmente pelas fezes.
Casos de Suplementação
A suplementação de CoQ10 pode ser recomendada em casos de:
 * Deficiência de CoQ10, que pode ocorrer devido a certas condições médicas ou uso de medicamentos.
 * Doenças cardíacas, como insuficiência cardíaca e doença arterial coronariana.
 * Doenças neurodegenerativas, como doença de Parkinson e doença de Alzheimer.
 * Enxaqueca.
 * Fibromialgia.
 * Pessoas que utilizam estatinas e apresentam sintomas de miopatia.
Considerações Finais
A Coenzima Q10 é um nutriente importante para a saúde geral. A suplementação pode ser benéfica em alguns casos, mas é importante consultar um médico antes de iniciar o uso, especialmente se você estiver tomando outros medicamentos.

 * Garrido-Maraver, J., Cordero, M. D., Oropesa-Ávila, M., Fernández Vega, A., de la Mata, M., Delgado Pavón, A., ... & Sánchez-Alcázar, J. A. (2014). Coenzyme q10 therapy. Molecular syndromology, 5(3-4), 187-197.
 * Crane, F. L. (2001). Biochemical functions of coenzyme Q10. Journal of the American College of Nutrition, 20(6), 591-598.
 * Kumar, A., Kaur, H., Devi, P., & Mohan, V. (2009). Role of coenzyme Q10 (CoQ10) in cardiac disease, hypertension and Meniere-like syndrome. Pharmacology & therapeutics, 124(3), 259-268.
 * Mantle, D., & Dybring, A. (2020). Bioavailability of coenzyme Q10: an overview of the absorption process and subsequent metabolism. Antioxidants, 9(1), 63.
 * Littarru, G. P., & Tiano, L. (2007). Bioenergetic and antioxidant properties of coenzyme Q10: recent developments. Molecular biotechnology, 37(1), 31-37.
 * Qu, H., Guo, M., Chai, H., & Gao, Z. (2018). Effects of coenzyme Q10 on statin-induced myopathy: an updated meta-analysis of randomized controlled trials. Journal of the American Heart Association, 7(19), e009835.
 * MSD Manuals. Coenzima Q10 (CoQ10). Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/t%C3%B3picos-especiais/suplementos-alimentares/coenzima-q10-coq10