Vitaminas e Sais Minerais Essenciais à Saúde Humana no Contexto Brasileiro
Resumo
Este artigo visa apresentar uma análise abrangente sobre as principais vitaminas e minerais essenciais à saúde humana, com foco na população brasileira. Considera-se a composição do solo nacional, hábitos alimentares e dados epidemiológicos de carências nutricionais. O texto também aborda a importância da suplementação como ferramenta preventiva e corretiva para deficiências, finalizando com uma chamada à ação para acesso a suplementos confiáveis.
1. Introdução
Vitaminas e sais minerais são micronutrientes fundamentais ao funcionamento do organismo humano. Ao contrário dos macronutrientes (carboidratos, proteínas e lipídios), eles não fornecem energia diretamente, mas são indispensáveis na regulação de processos metabólicos, manutenção do sistema imunológico, crescimento, cognição e reparação celular.
Apesar da ampla biodiversidade e potencial agrícola, o Brasil sofre com deficiências nutricionais devido à pobreza do solo em determinados minerais e ao consumo alimentar desbalanceado. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde apontam carências comuns em ferro, zinco, iodo, selênio e vitamina D na população brasileira.
2. Principais Vitaminas Essenciais
2.1 Vitamina A (Retinol)
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Função: Essencial à visão, à imunidade e à integridade das mucosas.
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Fontes: Fígado, gema de ovo, cenoura, abóbora, vegetais de cor laranja e verde-escura.
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Carência no Brasil: Rara em adultos, porém comum em crianças em situação de vulnerabilidade alimentar.
2.2 Complexo B (B1 a B12)
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Funções gerais: Metabolismo energético, função neurológica, síntese de DNA, formação de hemácias.
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Fontes: Carnes, ovos, cereais integrais, vegetais folhosos.
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Destaque:
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B9 (Ácido fólico) é fundamental na gestação para evitar defeitos do tubo neural.
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B12 pode ser deficiente em vegetarianos estritos, exigindo suplementação.
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2.3 Vitamina C (Ácido Ascórbico)
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Função: Potente antioxidante, essencial à formação de colágeno, absorção de ferro e imunidade.
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Fontes: Frutas cítricas, acerola, goiaba, morango.
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Observação: Perde-se facilmente com o calor e armazenamento inadequado dos alimentos.
2.4 Vitamina D (Colecalciferol)
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Função: Regulação do cálcio e fósforo, essencial para ossos e imunidade.
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Fontes: Sintetizada pela pele via exposição solar; também encontrada em peixes gordurosos e cogumelos.
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Deficiência no Brasil: Altamente prevalente, mesmo em regiões tropicais, devido à baixa exposição solar regular, uso de bloqueadores solares e estilo de vida indoor.
2.5 Vitamina E e K
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Funções:
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E: antioxidante e protetora de membranas celulares.
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K: coagulação sanguínea e saúde óssea.
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Fontes: Óleos vegetais, nozes, vegetais folhosos.
3. Principais Minerais Essenciais
3.1 Ferro
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Função: Componente da hemoglobina; essencial para transporte de oxigênio.
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Fontes: Carnes vermelhas, feijão, vegetais verde-escuros.
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Deficiência: Causa anemia ferropriva; uma das deficiências mais prevalentes no Brasil.
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Nota: A absorção é aumentada com vitamina C e reduzida por fitatos e cafeína.
3.2 Zinco
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Função: Crescimento, imunidade, cicatrização, síntese proteica.
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Fontes: Carnes, frutos do mar, sementes e oleaginosas.
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Situação brasileira: Solo pobre em zinco, o que reduz teor nos alimentos de origem vegetal.
3.3 Cálcio
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Função: Formação óssea, contração muscular, coagulação.
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Fontes: Laticínios, vegetais verde-escuros, gergelim.
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Deficiência: Risco de osteopenia e osteoporose, especialmente em idosos e mulheres na menopausa.
3.4 Magnésio
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Função: Co-fator enzimático em mais de 300 reações; importante para sistema nervoso, muscular e cardiovascular.
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Fontes: Legumes, vegetais folhosos, cereais integrais, oleaginosas.
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Carência: Associada a estresse crônico, insônia, câimbras e hipertensão.
3.5 Selênio
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Função: Antioxidante, auxilia a tireoide, protege contra doenças cardiovasculares e câncer.
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Fontes: Castanha-do-pará (principal), frutos do mar.
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Deficiência no Brasil: Solos brasileiros são notoriamente pobres em selênio, exceto em áreas específicas do Norte e Centro-Oeste.
3.6 Iodo
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Função: Essencial à produção de hormônios da tireoide.
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Fontes: Sal iodado, peixes de água salgada.
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Prevenção: A adição de iodo no sal de cozinha é uma política pública para evitar bócio.
4. A escassez mineral do solo brasileiro
Estudos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Embrapa apontam que:
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O solo brasileiro é pobre em selênio, zinco, iodo e molibdênio.
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Essa deficiência impacta diretamente o valor nutricional de alimentos de origem vegetal e animal.
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Técnicas de agricultura intensiva e monocultura também esgotam micronutrientes do solo, tornando necessário o uso de fertilizantes e, em muitos casos, a suplementação dietética.
5. Suplementação e Segurança
A suplementação deve ser:
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Individualizada, com base em exames laboratoriais.
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Preferencialmente prescrita por profissionais de saúde.
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Segura dentro das doses diárias recomendadas (DDR).
Excesso de vitaminas e minerais também pode causar toxicidade, como hipercalcemia (vitamina D em excesso), hepatotoxicidade (vitamina A) ou intoxicação por ferro.
6. Considerações Finais
As vitaminas e os minerais são essenciais para a manutenção da saúde e prevenção de doenças. No contexto brasileiro, a baixa biodisponibilidade de certos micronutrientes nos alimentos justifica, em muitos casos, o uso racional da suplementação.
A atenção à composição do solo, aos hábitos alimentares regionais e à exposição solar é fundamental para compreender os riscos e necessidades da população brasileira.
Bibliografia
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Ministério da Saúde. Guia Alimentar para a População Brasileira, 2ª edição, 2014.
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Embrapa. A deficiência de micronutrientes no solo brasileiro. 2022.
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OMS – World Health Organization. Micronutrient deficiencies. Geneva, 2023.
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ILSI Brasil. Vitaminas e minerais: funções, fontes e recomendações. São Paulo, 2021.
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IBGE. Pesquisa de Orçamentos Familiares – POF 2018-2019: Análise do consumo alimentar pessoal no Brasil.
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BRASIL. Ministério da Saúde. Vigilância de Deficiências de Micronutrientes. 2023.
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Universidade de São Paulo (USP) – Faculdade de Saúde Pública. Artigos sobre nutrição e solos.
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ODS/ONU. Relatório sobre Insegurança Alimentar e Nutrição – América Latina, 2023.
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BRASIL. RDC Nº 243, de 26 de julho de 2018 – ANVISA (regulamentação dos suplementos alimentares).
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