O mantra associado a Samantabhadra no contexto do Dzogchen é geralmente o "Mantra da Confissão de Samantabhadra", que não é um mantra curto como os populares na prática devocional, mas sim um texto extenso que expressa a realização da natureza primordial da mente. Este texto é chamado de:
"A Confissão do Grande Ser Primordial Samantabhadra"
(Em tibetano: Kunzang Monlam ou Kunzang Gongpa Zhangtal)
Essência do Mantra / Oração de Samantabhadra
Samantabhadra, no Dzogchen, não é apenas um bodhisattva, mas o Buda primordial, representando a mente desperta original, a consciência pura e não-dual presente em todos os seres desde sempre. Ele é retratado como nu e azul, simbolizando a vacuidade e a consciência ilimitada.
A oração começa com:
"Ho! Eu, o Buda primordial Samantabhadra, estou além da causa e do efeito, livre de ações, além do nascimento e da morte..."
Essa invocação declara a natureza intrinsecamente pura da mente, além de qualquer carma ou condicionamento. A essência do texto é reconhecer que todos os seres são expressões dessa mente primordial, mas, por ignorância, caem na ilusão da dualidade.
Acumulação de Méritos no Dzogchen
No Dzogchen, o mérito (tib. tsog) não é cultivado apenas por boas ações ou rituais, mas principalmente pelo reconhecimento direto da natureza da mente (rigpa). No entanto, há dois aspectos fundamentais para o caminho completo:
1. Mérito convencional (relativo)
Envolve práticas de purificação, oferendas, meditação, recitação de mantras, e geração de bodhicitta. Essas ações estabilizam a mente e preparam o praticante para reconhecer a natureza última.
2. Sabedoria (realização da vacuidade)
É o reconhecimento direto da mente como Samantabhadra, livre de elaboração conceitual.
O papel da oração de Samantabhadra:
Recitar a Confissão de Samantabhadra é visto como um ato de purificação profunda e acúmulo de mérito excepcional, pois:
- Atua como purificação dos carmas negativos desde tempos sem início.
- Estabelece conexão com a sabedoria primordial.
- Ajuda os seres a reconhecerem que nunca estiveram separados da iluminação.
Contexto prático
Na tradição Nyingma, essa oração é recitada:
- Após práticas de ngöndro (preliminares do Vajrayana).
- Durante eclipses, solstícios e momentos de grande poder kármico, pois seus efeitos são multiplicados.
- Ao morrer ou no bardo, pois ouvir essa oração pode despertar a consciência para sua verdadeira natureza e conduzir à liberação.
Perfeito. Aqui está a versão resumida da Confissão de Samantabhadra em português:
Confissão de Samantabhadra (Versão Resumida)
Ho!
Eu sou Samantabhadra, o Buda Primordial.
Em minha essência, não há nascimento nem morte.
Não me apego ao bem, nem temo o mal —
Pois vejo que tudo é manifestação da mente.
Desde tempos sem início, os seres esqueceram quem são
E, perdidos na ignorância, criaram samsara.
Mas essa ignorância jamais afetou a pureza da mente.
Tudo é um jogo da consciência luminosa.
Aos seres em sofrimento, envio minha compaixão.
Que despertem do sonho da dualidade!
Que reconheçam sua natureza original —
Livre, vasta e sem limite, como o céu.
A todos os que leem ou ouvem estas palavras,
Mesmo que por um instante,
Que se revele a presença desperta,
E que a libertação...
Investigando a Mente é a continuação dos comentários sobre ‘A Essência Vajra’ de Düdjom Lingpa, apresentados em Aquietando a Mente, que ousadamente contextualiza os ensinamentos budistas sobre a Grande Perfeição como um desafio revolucionário a muitas crenças contemporâneas. Este livro complementar se origina de um comentário oral que B. Alan Wallace ofereceu no Caminho do Meio – Brasil sobre a seção seguinte de ‘A Essência Vajra’, sobre o cultivo do insight, ou vipassana, em que investigamos a natureza da experiência como um todo. A revelação de Düdjom Lingpa consiste de um diálogo fascinante que ocorreu durante sua visão pura de Samantabhadra, personificação da consciência primordial, manifestando-se como a forma jovem do Vajra Nascido no Lago, emanação de Padmasambhava, em diálogo com uma assembleia de bodisatvas, simbolizando vários aspectos da mente de Düdjom Lingpa. Dando prosseguimento à reflexão sobre os ensinamentos de Düdjom Lingpa e sua relevância para o mundo moderno, Wallace foi inspirado a elaborar seus comentários originais extensivamente. Este livro inclui ensaios introdutórios e um posfácio, que explora como os insights discutidos aqui poderiam contribuir para a ainda nova “revolução contemplativa”, cujas implicações poderiam ter um alcance tão extenso quanto as revoluções científicas produzidas pelas descobertas de Galileu, Darwin e Einstein.
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Livro - Investigando a mente
Investigando a Mente é a continuação dos comentários sobre ‘A Essência Vajra’ de Düdjom Lingpa, apresentados em Aquietando a Mente, que ousadamente contextualiza os ensinamentos budistas sobre a Grande Perfeição como um desafio revolucionário a muitas crenças contemporâneas. Este livro complementar se origina de um comentário oral que B. Alan Wallace ofereceu no Caminho do Meio – Brasil sobre a seção seguinte de ‘A Essência Vajra’, sobre o cultivo do insight, ou vipassana, em que investigamos a natureza da experiência como um todo. A revelação de Düdjom Lingpa consiste de um diálogo fascinante que ocorreu durante sua visão pura de Samantabhadra, personificação da consciência primordial, manifestando-se como a forma jovem do Vajra Nascido no Lago, emanação de Padmasambhava, em diálogo com uma assembleia de bodisatvas, simbolizando vários aspectos da mente de Düdjom Lingpa. Dando prosseguimento à reflexão sobre os ensinamentos de Düdjom Lingpa e sua relevância para o mundo moderno, Wallace foi inspirado a elaborar seus comentários originais extensivamente. Este livro inclui ensaios introdutórios e um posfácio, que explora como os insights discutidos aqui poderiam contribuir para a ainda nova “revolução contemplativa”, cujas implicações poderiam ter um alcance tão extenso quanto as revoluções científicas produzidas pelas descobertas de Galileu, Darwin e Einstein.
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