sábado, 14 de agosto de 2010




Os Nosódios Vivos do Dr. Roberto Costa

    Os nosódios já eram usados na Homeopatia desde Hahnemann, seguindo a Lei dos Semelhantes para sua prescrição. O Dr. Roberto Costa propôs um passo à frente na sua utilização. Na preparação, as dinamizações iniciais são preparadas em soro fisiológico, para que os microrganismos não sofram lise logo na diluição com álcool; com isso, pretende-se manter a sua virulência intacta para que seu poder estimulante do sistema imunológico seja maior. A outra diferença que ele implantou foi na indicação, que segue não a Lei dos Semelhantes, mas a Lei dos Iguais, sendo então melhor chamar este método de Isopatia.
    Tal método provou ser muito eficaz especialmente no tratamento de alergias e infecções crônicas ou recorrentes. Com a sua experiência como alergista, o Dr. Roberto Costa fez uma adaptação da imunoterapia clássica, usando doses infinitesimais, evitando assim ascomplicações e efeitos colaterais que eram comuns nessa modalidade de tratamento.
    A indicação do nosódio baseia-se ou na história clínica ou em exames complementares que isolem o microrganismo (nas doenças infecciosas) ou o(s) alérgeno(s) (nas doenças alérgicas). Nas doenças alérgicas também podem ser usados os mediadores, como a histamina ou a serotonina.
A dose é prescrita em uma série de dinamizações descendentes para as alergias, seguindo o padrão da imunoterapia que vai das doses mais diluídas até as mais materiais, dessensibilizando o paciente, sendo que no esquema proposto pelo Dr. Roberto Costa as dinamizações nunca serão inferiores a 30D, o que impede a existência de traços materiais da substância utilizada. A dinamização inicial nesses casos é 1020D e a final 30D, sendo que as intermediárias podem ser de 30 em 30, 60 em 60, ou 90 em 90. Por exemplo, 1020D – 990D – 960D – 930D – 900D - ... - 30D, no caso de 30 em 30, e as respectivas dinamizações nas outras situações. A repetição das doses pode ser diária, semanal, mensal, etc, dependendo do gosto do homeopata. Pessoalmente, vou baixando de 90 em 90, com doses diárias pela manhã, e mudo a dinamização a cada 60 dias. Com isso a série demora 2 anos exatos, se o paciente tomar direitinho o remédio. Nas alergias os nosódios mais indicados são Histaminum, Serotonina, Poeira e germes respiratórios, Mofo, Leite de vaca. A lista de nosódios disponíveis é enorme e inclui Chocolate, Epitélio de gato, Epitélio de cachorro, Koleston, etc.
No caso de infecções crônicas ou recidivantes, como por exemplo, amigdalites de repetição, otites
de repetição, infecções urinárias de repetição, cistite crônica, furunculose de repetição, candidíase de repetição, etc, a série de dinamizações é ascendente, estimulando o sistema imunológico para lidar melhor com o agente etiológico. A dinamização inicial é a 30D e a final 1020D, e os intervalos e dinamizações intermediárias também seguem o mesmo esquema proposto para as alergias, e fica também dependendo da escolha do homeopata como aplicar isso à sua prática. O método mais recomendado para a escolha do nosódio é o isolamento do agente causal através de cultura. Como nem sempre isso é possível ou viável, tenta-se o nosódio mais comum em determinada situação; por exemplo, Streptococcus para amigdalites de repetição, Escherichia coli para infecções urinárias de repetição, Staphylococcus para furunculoses de repetição, etc. Qualquer microrganismo pode ser dinamizado e transformado em nosódio vivo.
O Dr. Roberto Costa ensinou um esquema de prescrição que não se limita aos nosódios vivos. Ele propunha uma abordagem que cobrisse todos os sintomas e predisposições do doente. Em primeiro lugar, dinamizações altas e espaçadas de medicamentos "anti-miasmáticos", para realizar uma drenagem do miasma preponderante, obtido através da história familiar e história biopatográfica.
Na minha prática, uso para isso, dependendo do miasma preponderante, as tuberculinas (sempre buscando individualizar ao máximo de acordo com os sintomas do doente, como TK, Marmoreck, Denys, Aviare, TR), Luesinum, Mercurius vivus, Medorrhinum, Thuya, Natrum sulphur, Dulcamara, Psorinum, Sulphur, Calcarea carbonica. A indicação nesses casos não segue a Lei dos Semelhantes, mas as orientações de Hahnemann em Doenças Crônicas.
O remédio de fundo, similimum ou similar, prescrito em 30CH, com doses diárias à noite. Sua escolha é feita pela Lei dos Semelhantes, através dos sintomas mentais e gerais. Também uso outras dinamizações, como 60CH, ou mais altas, como 200CH, 1M , 10M, CM, MM, ou dinamizações em LM, substituindo às vezes o drenador miasmático pelo remédio de fundo, principalmente quando ele tem propriedades de ser um "anti-miasmático".
Um remédio sintomático, geralmente escolhido entre os remédios ditos pequenos, que cubra os
sintomas físicos que afligem o paciente é prescrito em baixa dinamização, 3CH ou 6CH. Atualmente, tenho usado a escala decimal, geralmente 5D ou 9D (quando o medicamento for insolúvel), para aproveitar melhor o potencial material do remédio. Completando o esquema, o nosódio vivo tomado em jejum, nas dinamizações recomendadas acima.
Este não é um esquema fixo e o Dr. Roberto Costa sempre achou a relação de nosódios vivos
incompleta, sugerindo aos colegas que pesquisassem outros nosódios de acordo com sua
necessidade.
Minha ex-esposa sofria de enxaqueca tenaz, e procurei tratá-la, sempre com sucesso pequeno.
Ela procurou também outros homeopatas que prescreveram um remédio de fundo, sempre com
sucesso relativo, em que a freqüência das crises diminuía, mas a intensidade das crises era sempre excessiva. Estudando sobre o assunto, era recorrente a constatação de que a serotonina é o neurotransmissor que está sempre implicado nas cefaléias, independente da causa. Outros também estão associados, mas em algumas situações somente, enquanto a serotonina está em todas.
Comecei a usar a Serotonina em uma série decrescente, e a intensidade finalmente diminuiu, e
ela passou um bom tempo sem cefaléia.
Acredito também que a serotonina deva ser usada nos casos de depressão, já que o mecanismo
bioquímico mais provável seja uma diminuição nos níveis deste neurotransmissor no cérebro dos
deprimidos. Nesta situação prescrevo em série ascendente, mas ainda não tenho nenhuma conclusão a esse respeito.
Um paciente com fibrose cística me procurou aos 12 anos com um diagnóstico recente após uma
série de 3 pneumonias em um ano e uma sinusite que não cedeu aos mais modernos e potentes
antibióticos. O diagnóstico trazia como sobremesa uma profecia da renomada pneumologista de
que ele não completaria 13 anos. Começamos o tratamento com TK 200CH (1 papel a cada 7 dias), Staphylococcus complexo 30D (5 glóbulos em jejum), Pseudomonas aeruginosa 30D (também 5 glóbulos em jejum), Inula 3CH (3 glóbulos 3 vezes ao dia), Grindelia robusta 3CH (também 3 glóbulos 3 vezes ao dia), Phosphorus 30CH (5 glóbulos ao deitar), e nebulização com soro fisiológico e Pulmão histaminum 30D. A indicação dos nosódios vivos baseou-se em cultura de material extraído por punção dos seios nasais (coitado!). Este ano ele completa 17 anos e desde então ele teve 1 pneumonia que melhorou rapidamente com remédios dinamizados e Ciprofloxacina (que das outras vezes não servia de nada), além de fisioterapia respiratória, e 2 sinusites que melhoraram apenas com remédios dinamizados. A renomada profeta e pneumologista ainda acompanha o rapaz (por medo do pai), mas não toma a medicação que ela acha que ele toma e a que ela atribui o resultado positivo.
Em resumo, os nosódios vivos são recursos muito úteis, de resultados convincentes, e que podem e devem ter ampliada as pesquisas em sua utilização, e não serem jogados na gaveta da memória como uma excentricidade de um gênio de Petrópolis que agia como um Dom Quixote em defesa da Homeopatia e de todas as possibilidades que ela pode nos oferecer.

OS NOSODIOS INTESTINAIS DE BACH



Por Jhon Patterson


 * Trabalho apresentado na reunião do Conselho Internacional da Liga
 homeopáticas em Paris em agosto de 1949.


 O nome de um de seus ilustres compatriotas, Louis Pasteur, será para
 sempre lembrado como o fundador da ciência da bacteriologia. Foi ele
 quem primeiro isolou e identificou um germe específico  relacionando
 com uma determinada entidade clínica (doença). Na seqüência de suas
 descobertas, a ciência médica concentrou-se na técnica de laboratório
 para o isolamento e identificação de um germe específicos para cada
 doença, bem como os postulados de Koch foram aceitos como o padrão
 para declarar qualquer germe capaz de patogênese, ou seja,  ter poder
 de causar doença. O lema da profissão médica ainda é o da causa e
 efeito. Existem muitas pessoas que consideram que germes são a única
 causa da doença e estão trabalhando para descobrir o germe ou vírus
 específico para o bem conhecido entidades clínicas.

 Deverá agora ser aceito como fato científico de que germes
 específicos, em muitos casos da doença podem ser isolados e
 identificados, mas que é uma verdadeira conclusão de que o germe
 específico é sempre a causa da doença? O assunto é demasiado
 importante para ser tratado em todos os seus aspectos, neste curto
 período de sessões, mas um pouco de tempo deve ser dado a considerar a
 questão geral, a saber, o papel da bactéria na natureza, porque um
 parecer desta Comissão sobre este TRABALHO deve determinar o valor do
 uso de vacinas bacterianas, produtos ou nosodios no tratamento da
 doença. Como o tema deste documento prende-se com a flora intestinal,
 proponho a limitar as minhas observações à consideração do papel
 desempenhado pela B. coli e coliformes organismos encontrados no trato
 intestinal.

 O papel das bactérias intestinais. B. Coli pode ser isolado do
 intestino de todos os animais de sangue quente foram encontrados em
 gramíneas fora do corpo, onde parecia haver qualquer possibilidade de
 contaminação fecal. A maioria dos trabalhadores consideram o B. Coli
 para ser um inofensivo saprófita não sendo patogênicos no intestino
 saudável. Sua função é a de quebrar as mais simples e as complexas
 moléculas orgânicas das combinações, que formam os órgãos das plantas
 e dos animais, ou das substâncias complexas que resultam dos processos
 digestivos no canal intestinal e são excretados. É importante referir
 esta função no outro estudo sobre a flora intestinal e sua relação com
 a doença.

 Na natureza, onde há equilíbrio, não há nenhuma doença e o germe,
 neste caso, o B. coli no trato intestinal, desempenha uma função útil.
 Sempre que a mucosa intestinal é saudável do B. coli é não-
 patogênicos. Qualquer alteração no hospedeiro que afecta a mucosa
 intestinal irá perturbar o equilíbrio e será seguida por uma mudança
 de hábito e da bio-química do B. coli, que pode então ser dito a
 tornar-se patogênicos, mas convém salientar que a principal mudança, a
 doença surgiu no hospedeiro, o que obrigou o bacilo de modificar seus
 hábitos a fim de sobreviver. Peço-lhe para manter esta seqüência de
 eventos em mente que uma grande parte do que aquilo que tenho a dizer
 sobre os nosodios intestino  baseia-se essa concepção que tenho
 confirmado por observações clínicas e laboratoriais ao longo dos
 últimos vinte anos.

 Em 1936, apresentei um documento para a Sociedade Britânica
 homeopáticas, que foi publicado no seu Oficial de abril 1936, sob o
 título "O potencializada droga e sua ação sobre o Bowel Flora" e é
 tratada com o quadro clínico e bacteriológico observações sobre 12.000
 casos . Um breve resumo das conclusões é a seguinte:

 (A)  bacilos que não fermentam a lactose foram isolados em 25 por
 cento. fezes dos espécimes examinados.

 (B) O aparecimento de bacilos que não fermentam a lactose vezes
 seguidas  parecia ter relação aos anteriormente administrados
 medicamentos homeopáticas resolvia o problema da escolha do
 medicamento indicado de acordo com "a Lei das Semelhanças" e elaborado
 pela "dinamização".

 No laboratório observou um inesperado fenômeno, que, a partir de um
 paciente que tinha anteriormente usado homeopatia  lá de repente
 apareceu um grande percentual de bacilos que não fermentam a lactose .
 Havia claramente uma associação ao grupo de patogenicidade .

 Uma vez aceito, este  ponto de vista, entende-se que o B. coli do
 trato intestinal é um saprófita inócua e não é patogênico, deve-se
 concluir que, tanto quanto o tracto intestinal estava preocupado, não
 houve evidência de doença nestes pacientes durante a primeira série de
 exames. Agora as fezes do paciente produziram uma grande percentagem
 de presumivelmente agentes patogénicos, e de acordo com a teoria
 aceita por Pasteur e Koch, o paciente sofria de doença. Investigações
 clínicas, porém, revelaram que o paciente não se sinte mal, mas que
 havia experimentado uma sensação de bem-estar que ele havia atribuído
 ao último nosodio que ele tinha recebido. Desde o aparecimento de
 bacilos que não fermentam a lactose após um período latente
 definitivos de 10 a'4 dias, após a administração da solução de
 nosodios, parece que o remedio homeopático potencializado tinha mudado
 a flora intestinal, e que tinha causado a doença. Os germes
 patogênicos, neste caso, foram o resultado da acção vital instituída
 nao paciente potencializada pelo remédio. O germe não foi a causa da
 doença.

 É o "germe específico" a real causa da doença, ou é o resultado da
 ação da força vital (Dynamis) que caracteriza todas as células vivas,
 em sua resistência às doenças? Essa é uma questão que  devo pedir para
 examinarem e responderem por si, à luz das observações que tenho
 colocado antes . Entretanto, será suficiente para o objectivo de
 prosseguir o objecto do presente documento, se estamos de acordo em
 que cada um germe está associada com a sua própria imagem peculiar
 sintoma (doença) e que algumas conclusões podem ser feitas a partir
 destas observações clínicas e laboratoriais e traduzida em a prática
 da medicina.

 (A) O organismo específico está relacionado com a doença.

 (B) O organismo específico está relacionado com o remédio
 homeopático.

 (C) O remédio homeopático está relacionado com a doença.

 De minhas observações tenho sido capaz de compilar uma lista de
 microorganismos intestinais relacionados com as suas soluções
 homeopáticas e associar a um quadro clínico i. e. para oferecer uma
 "prova" para cada tipo de microorganismo intestinal. Neste caso, a
 palavra "prova" não é utilizada no sentido estrito Hahnemanniano
 experimento sobre a saúde humana, mas na observação clínica do
 doente.

 Não é possível dar uma detalhada descrição de cada tipo, em uma
 sessão, por isso proponho a dar-lhe um breve resumo de cada um,
 indicando uma tônica, o recurso principal. De presente, e seu
 conhecimento das associações aos remédios homeopáticos
 correspondentes. Você deve ser capaz de formular uma imagem mais
 completa do sintoma complexo destes microorganismos intestinais e,
 mais tarde, irei indicar a forma como este conhecimento pode ser posta
 em prática.

Só Jesus Cura! Mas eu Ajudo!

Parceiros & Amigos:

Arquivo do blog